25 de ago. de 2011

ANÁLISE DE RISCOS, PROFISSIONAIS E FUNÇÕES DE EQUIPAMENTOS EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO OFFSHORE

Olá pessoal tenho aqui um material muito importante pra quem deseja trabalhar na industria do petróleo, o funcionamento operacional de maquinas, equipamentos e instrumentação do FPSO P43 plataforma de petróleo em casco de navio petroleiro convertido.






FPSO P43 - Floating Production Storage and Offloading
UNIDADE DE PRODUÇÃO ARMAZENAMENTO E ESCOAMENTO




Como funciona a chegada do petróleo do piso marinho até a saída dele para o navio aliviador.
Os Risers chegam a plataforma e são conectados aos Manifolds, que são conjunto de válvulas e instrumentos de controle necessários para proporcionar flexibilidade na operação da plataforma. O óleo que chega aos Manifolds é alinhado para dutos responsáveis pela coleta de óleo proveniente dos diversos poços, depois é direcionado para os pré-aquecedores onde se recupera energia que seria desperdiçada, daí segue para o aquecedor de produção onde existem os trocadores de calor e a água quente sob pressão correrá a estrutura interna do trocador e o petróleo ocupará o casco que o envolve, maximizando assim a troca de temperatura entre a água e o petróleo, a 180 graus a água sede calor ao petróleo aquecendo a uma temperatura de 80 graus, temperatura adequada para o processo de separação; agora o petróleo está pronto para entrar no separador de produção ( separador de primeiro estágio)

Tratamento do óleo
O óleo segue para o tratador de óleo, o objetivo de enquadrar o teor de BSW ( água-sedimentos) e o teor de salinidade do óleo, utiliza o campo elétrico como agente desemolseficante, o campo elétrico provoca um alongamento nas gotículas de água, criando uma força de atração entre as gotículas proximas enfraquecendo a decantação, o óleo que sai do tratador de óleo é resfriado em um trocador de calor, onde o fluido de resfriamento é a água do mar, após o resfriamento de 80 graus para cerca de 53 graus, o óleo segue para o separador atmosférico que é o ultimo estágio de estabilização do óleo e depois segue para os tanques de carga do navio.

tratamento do gás
O gás precisa ser comprimido e desidratado para que seja utilizado. Após sair do separador de produção, o gás carreia uma quantidade de liquido antes de chegar ao compressor, dois vasos cumprem com o papel de separar liquido do gás, cada vaso comprime cerca de 3.000.000 m³ de gás/dia, os vasos minimizam a possibilidade de arrasto de liquido para os compressores evitando danos, cada um dos dois primeiros estágios da compressão são compostos de um resfriador de gás e um vaso para separação do condensado que é formado após a compressão e o resfriamento do gás, sendo este condensado reciclado para o estagio anterior, o gás do segundo estagio de compressão após o resfriamento segue para a torre de desidratação de gás conhecida como torre de TEG ( trietilenoglicol) fluido de absorção, ao sair da torre de TEG o gás entra no terceiro e ultimo estagio de compressão.
Tratamento da água
A água oleosa a 80 graus proveniente do separador entra numa bateria de hidrociclones onde parte do óleo carreado pela água é removido e reciclado para o sistema de tratamento do óleo. A água quase isenta de óleo passa pelo pré-aquecedor de óleo antes de entrar no flotador, equipamento responsável pelo polimento final do tratamento da água produzida antes de ser descartada para o mar a água produzida é armazenada em um tanque.

Tratamento da água de injeção
Captação da água do mar por bombas de elevação antes de entrar na torre desaeradora, a água passa por filtros para remoção de partículas a 80 micras, na torre a água é submetida a um sprinter de gás, que é um processo de remoção mecânica do oxigênio, paralelamente é feita uma injeção de seguestrante de oxigênio ( insulfito de sódio) remove o oxigênio que não foi removido pelo sprinter e na saída da torre são injetados produtos químicos, (biodispersantes) que evitam depósitos de microorganismos, (biocidas de choque) para controle microbiológico, para completar a água passa por filtros para remoção de sólidos maiores que 5 micras


FPSO P43 bacia de campos ( campo de barracuda e caratinga)
Comp. 337 mts / Larg. 54 mts / Alt. 65 mts 20 poços de produção 14 de injeção
Extenção de linha de escoamento: 651 Kmts.
Lamina d’água 800 mts cap. alojamento 150 pessoas
Capacidade de produção 150.000 bo/dia






ATRIBUIÇÃO DE FUNÇÃO E RESPONSABILIDADES PARA TEC. DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO
Atribuições:
Realizar estudos, avaliações e inspeções das condições de trabalho, quanto aos aspectos de higiene industrial, segurança industrial e meio ambiente, em áreas, equipamentos, instalações e embarcações.
Indicar e orientar a implementação de medidas preventivas de segurança industrial e proteção ao meio ambiente.
Atuar e coordenar equipes de controle de emergências e no combate à poluição, inspecionar e executar serviços de manutenção em equipamentos e instrumentos de segurança industrial e de proteção ao meio ambiente.
Proceder com os padrões técnicos e normas operacionais, programar, orientar tecnicamente e realizar estudos, avaliações e inspeções das condições de trabalho, quanto aos aspectos de higiene industrial, segurança industrial e meio ambiente, em áreas, equipamentos, instalações e embarcações.
Programar e ministrar treinamento técnico e prático de segurança industrial, salvatagem e meio ambiente, investigar e analisar acidentes e ocorrências anormais.
Identificar necessidades, planejar, executar e avaliar programas de treinamento de segurança industrial, salvatagem e meio ambiente, participar de programas de auditorias de segurança industrial e de meio ambiente.elaborar planos de contingência e coordenar atividades de controle de emergências e de combate a poluição.


CATEGORIAS DE FREQUÊNCIA E SEVERIDADE EM ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS ( APR ) EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO OFFSHORE DE PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO

Cenário Acidental
O cenário acidental é o conjunto formado pelo perigo, suas causas e efeitos.




Alguns modelos de APR
Sistema : Produção
Subsistema: Elevação de Petróleo
Trecho: Poços e ANM
Causa: perda de controle de poço ( blowout), ruptura de um dos risers de produção, associado as válvulas de bloqueio da ANM
Perigo: grande liberação de liquido inflamável ( gás+óleo)
Efeito: alteração da qualidade da água do mar e da biota marinha associada com possibilidade de atingir a costa
Modo de detecção: detecção visual, sensores de pressão na plataforma, alarme do sistema de controle de processo da unidade, fechamento de válvulas de bloqueio na ANM
Recomendação: alguns poços surgentes, devido à hidrostática apresentada pela lamina dágua, media de 800 mts.

Sistema: Engenharia Submarina
Subsistema: Elevação do Petróleo
Trecho: Instalação do Sistema de Coleta e Escoamento Submarino
Causa: erro de montagem no UEH no conector, falha de material, erro de operação de instalação, erro de montagem do duto flexível no gasoduto de instalação, falha de material, erro de operação de instalação, falha de válvulas nas extremidades do trecho flexível do gasoduto, vazamento em mangote, válvulas e flanges, tanques, bombas ou conectores submarinos, causados durante a injeção de diesel na linha durante a operação dos poços produtores.
Perigo: pequena liberação de liquido como; (fluido hidráulico base dágua), glicol e diesel
Efeito: alteração da qualidade da água do mar
Modo de detecção: operação assistida com o uso do ROV, treinamento e experiência da equipe de montagem e instalação, equipamento pré-testado em terra, detecção visual ( operação assistida), meios de contenção para derrame de óleo
Recomendação: em caso de ruptura de mangueiras do UEH ( umbilical eletro-hidráulico) é bem provável que entre água ao invés de sair o glicol devido a hidrostática envolvida e em caso de falha das válvulas nas extremidades do duto.



Sistema: Embarcação
Subsistema: Manutenção da Estrutura da Embarcação
Trecho: Flutuador e Coluna
Causa: alagamento dos compartimentos por ruptura de linhas do sistema de diesel, colisão de embarcação de grande porte com danos severos a estrutura da plataforma
Perigo: perda da estabilidade
Efeito: adernamento, possibilidades de danos à equipamentos, possibilidade de descarte de diesel para o mar com alteração da qualidade da água
Modo de detecção: detecção de alagamento dos compartimentos, sistema de bilge, portas com ativação automática, detecção visual, qualificação da tripulação dos barcos, sistema de navegação e radar, zona de segurança definida em aproximadamente 500 mts de raio ao redor da plataforma.
Recomendação: a operação normal de esgotamento prevê a operação primeiro pela bomba de bilge principal em média ( 165m³/h ) em caso não dê vazão suficiente, o restante é feito pela bomba de lastro ( esgotamento de emergência )para os barcos, seguir procedimentos para aproximação de embarcação.

Sistema: Embarcação
Subsistema: Operação com Aeronaves
Trecho: Heliponto
Causa: queda de aeronave devido a falha humana, falha do helicóptero, condições atmosféricas extremas.
Perigo: grande liberação de liquido inflamável ( QAV)
Efeito: alteração da qualidade da água do mar, incêndio, danos pessoais e danos a instalações.
Modo de detecção: treinamento da tripulação do helicóptero, treinamento da ( EMCIA) equipe de manobra e combate a incêndio de aviação, sistema de combate a incêndio do heliponto, aeronave não cruza pela plataforma, aproximando sempre pelo mar, manutenção dos helicópteros, meios de contenção para derrame no heliponto, procedimentos de resgate.




Sistema: Embarcação
Subsistema: Suprimento de Diesel
Trecho: Recebimento e Estocagem de Diesel
Causas: trincas ou pequenos furos nos tanques de estocagem devido a colisão causada por embarcação de apoio
Perigo: pequena liberação de liquido inflamável ( diesel)
Efeito: alteração da qualidade da água do mar
Modo de detecção: aproximação de barcos com velocidade reduzida, embarcações de apoio dotados com DP, canal de comunicação direta da embarcação de apoio com a plataforma, indicação de nível no tanque de estocagem de diesel, detecção visual, inspeção periódica de todos os tanques do casco.
Recomendação: durante a operação de transbordo, manter comunicação com rádio entre o tec. Da operação da plataforma e a embarcação de apoio, de forma a interromper o bombeio em caso de vazamento.

Sistema: Embarcação
Subsistema: Estocagem de Óleo
Trecho: Tanques de Carga
Causas: pequena avaria nos tanques devido a queda de carga, colisão causada por navio aliviador, colisão caudada por embarcação de apoio, desgaste estrutural devido a corrosão ou esforços.
Perigo: pequena liberação de liquido inflamável ( óleo )
Efeito: alteração da qualidade da água do mar
Modo de detecção: aproximação de navio aliviador acompanhado por rebocador, zona de segurança definida em media de 500 mts ao redor da plataforma, áreas de movimentação de cargas devem ter piso revestido.
Recomendação: manter operação de aproximação e transferência de cargas, manter comunicação com rádio entre o operador da plataforma e da embarcação de forma a reportar eventuais falhas, manter rebocador de apoio próximo, durante aproximação para a amarração do navio aliviador em cenários de mar adverso.



Sistema: Produção
Subsistema: Desidratação do Gás
Trecho: da saída da unidade de remoção de CO2, até a entrada do terceiro estágio de compressão, passando pela unidade de regeneração de glicol.
Causas: trincas ou pequenos furos ao longo da tubulação, válvulas ou flanges causados por corrosão ou falha de material, etc, ruptura da tubulação, escalonamento de incêndio/explosão.
Perigo: grande liberação de gás inflamável
Efeito: liberação de gás, possibilidade de incêndio e explosão.
Modo de detecção: detecção sonora ou por detectores de gás, sistema de detecção e combate a incêndio, detecção visual, alarmes do sistema de pressão da torre.
Recomendação: geralmente áreas dos módulos de gás são abertas e com circulação de ar suficiente para dispersão de gás.

Sistema: Produção
Subsistema: Compressão do Gás
Trecho: linha de gás até a entrada da unidade de remoção de CO2.
Causas: trincas ou pequenos furos ao longo da tubulação, válvulas e flanges causados por corrosão ou falha de material.
Perigo: grande liberação de gás inflamável
Efeito: liberação de condensado e gás, possibilidade de incêndio e explosão
Modo de detecção: detecção sonora ou por detectores de gás, sistema de detecção de combate a incêndio, alarme do sistema de nível de pressão do vaso da unidade.
Recomendação: áreas de módulos de compressão são abertas e com circulação de ar suficiente para dispersão de gás.

Sistema: Produção
Subsistema: Suprimentos de Produtos Químicos
Trecho: tanque de estocagem, bombas e linhas de injeção de produtos químicos no gás.
Causas: ruptura da tubulação causada por corrosão ou falha de material
Perigo: grande liberação de liquido, sequestrante de H2S ( gás sulfídrico)inibidor de corrosão e de hidrato.
Efeito: intoxicação, alteração da qualidade da água do mar.
Modo de detecção: detecção visual, meios de contenção para derrame, kit SOPEP.
Recomendação: abastecer os tanques de produtos químicos, logo após o recebimento dos refis/bombas/tambor evitando o armazenamento das embalagens cheias durante tempo excessivo.

Sistema: produção
Subsistema: Alivio para o Flare
Trecho: dos coletores de alta e baixa pressão até a purga do flare
Causas: falha/ruptura de equipamentos, escalonamento de incêndio e explosão, falha operacional, falha no controle de nível dos vasos.
Perigo: grande liberação de condensado, óleo e gás inflamável, liberação de liquido inflamável pela tocha.
Efeito: liberação de condensado e gás, possibilidade de incêndio e explosão, projeção de liquido para o mar e a plataforma com possibilidade de ocorrência de incêndio.
Modo de detecção: detecção visual ou sonora por detectores de gás, sistema de detecção e combate a incêndio, meios de contenção para derrame, kit SOPEP
Recomendações: a base da torre do flare possui proteção passiva para incêndio, a direção do vento predominante carrega qualquer liberação de liquido pelo flare para fora da UP em torno de 70% do tempo.

Os critério para classificação de freqüência e severidade são baseados por normas técnicas Petrobras N-2782, que trata de técnicas aplicáveis a analise de riscos industriais.
Categorias e freqüências
Categoria A: extremamente remota – conceitualmente possível, mas extremamente improvável na vida útil da instalação. Sem referências históricas
Categoria B: remota – não esperado ocorrer durante a vida útil da instalação, apesar de haver referencias históricas.
Categoria C: pouco provável – possível de ocorrer até uma vez durante a vida útil da instalação.
Categoria D: provável – esperado ocorrer mais de uma vez durante a vida útil da instalação.
Categoria E: freqüente – esperado ocorrer muitas vezes durante a vida útil da instalação.

Categorias e severidades
Categoria I: desprezível – sem danos ao meio ambiente
Categoria II: marginal – danos ao meio ambiente devido a liberação de até 8m³ de poluente ( óleo, água oleosa, fluido hidráulico, etc.) no mar
Categoria III: crítica – danos ao meio ambiente devido a liberação de 8m³ e 200m³ de poluente ( óleo, água oleosa, fluido hidráulico, etc.) no mar
Categoria IV: catastrófica – danos ao meio ambiente devido a liberação superior a 200m³ de poluente ( óleo, água oleosa, fluido hidráulico, etc.) no mar.


Conhecendo as funções em uma Sonda de Perfuração
A bordo de uma sonda, seja ela SS, Jack up, ou NS, as funções são basicamente as mesmas, e em quase todas as empresas, tudo gira em torno da atividade fim: Perfuração, Os departamentos são eles, Perfuração, Manutenção( Engine [máquinas e elétrica]), Subsea, Segurança, Movimentação de Carga (ou deck), Marine (ou marinha ou marítimos), e Catering (hotelaria marítima).
No topo desta estrutura organizacional existe a figura do OIM, que seria o Superintende de Sonda, são provenientes da área de perfuração, este geralmente esta acima do Capitão, que por sua vez em muitas empresas de perfuração é apenas um supervisor do departamento de convés, bem como o Chefe de Máquinas, é limitado à praça de máquinas.
Perfuração
Tool Pusher = Supervisor de Sonda ou capataz de sonda.
Driller e assistentes = Sondador é o cara que perfura, fica na dog house.
Derrick man e assistentes = É o torrista, da qual lidera a equipe na sonda.
Pump man = Cuida de bombear e preparar os fluídos de perfuração e ativos, sob a supervisão do torrista.
Floorman = Plataformista, é o famoso peão de sonda, faz tudo na sonda, grande maioria deste começa como Homens de Área, porem este é o primeiro degrau até chegar à OIM.
Manutenção:
Superintendente de Manutenção= Na maioria das vezes são técnicos, raramente um engenheiro, e quase nunca um OSM, ou maquinista, mas para ocupar esta posição é necessário apenas um certificado MODU.
Supervisor da Elétrica = A mesma coisa, com o supervisor dele acima, são técnicos, que ocupam esta posição com um certificado padrão MODU.
Supervisor da Mecânica = Como os demais acima, é um técnico ou tecnólogo com certificado MODU.
Rig Mechanic = Mecânicos de sonda, ou mecânico geral, aonde quebrar ele vai.
Eletricistas= quase sempre não são marítimos atuando em sonda.
Eletrônicos= São tecnicos em eletrônica


Caso seja um navio sonda teríamos ainda:
Supervisor de praça de máquinas = OSM, porem subordinado em muitos casos pelo Superintendente de Manutenção, o Chefe subordinado à um técnico.
Operador de sala de controle = Na verdade é um outro nome para os maquinistas, mas também levam o nome de operadores de facilidades (como é em FPSO).
Motorman= Isso é um caso à parte pois muitos não são marítimos.

Subsea:
Eng. Subsea = Não é necessariamente um engenheiro formado, e sim provavelmente o mais safo dos técnicos.
Subsea Senior= É o profissional encarregado de fazer todo o equipamento submarino da sonda funcionar, trabalham diretamente com o pessoal da sonda, pois toda a segurança do poço depende do bom desempenho destes profissionais, são os responsáveis pelo BOP.
Subsea e assistentes = É o pessoal mão na massa, é o sonho de muitos plataformistas.

Segurança:
Supervisor = A grande maioria são técnicos em segurança.
Técnico em Segurança do Trabalho e Treinamentos = Já diz tudo.

Movimentação de Carga:
Deck Pusher = Supervisor de convés ou um capataz de convés
Guindasteiros = Opera guindastes e guinchos, grande maioria começou como homem de área e nunca foi marítimo.
Roustabout = Homens de Área, serviços gerais no convés.



Marine:
Master = Dependendo da unidade, alguns não são bem marítimos, graças ao MODU Code, cursos rápidos habilitam Operadores de Lastro em Barge Master.
DPO’s= Ocorre o mesmo com os Operadores de Posicionamento Dinâmico, e seus assistentes, muitos não são marítimos.
BCO=Operadores de Lastro, muitos destes também não são marítimos, vários começaram como Radio Operadores.
A/B = Marinheiro de Convés, no MODU Code é possível qualquer um com a carta MODU exercer a função, mesmo chamando cabo de corda.
Atualmente o mercado de trabalho na perfuração esta bem aquecido, falando por experiencia própria ele já esta aquecido desde antes, do boom na industria marítima mundial, tem faltado pessoal para as diversas funções especializadas, como Sondador, Tool Pusher, Torrista, Subsea (esta então sempre foi carente), guindasteiro e outros.
Devido a isto muitos terrestres vem ocupando as funções que deveriam ser por direito apenas exercidas por marítimos.
Isto ocorre porque o sistema de carreira nestas empresas, é muito flexível, pois o terrestre não depende de uma organização militar (MB) e nem de uma convenção internacional, para regular em quanto tempo ele pode ser promovido, logo é filosofia de algumas grandes empresas de perfuração, já estimular o “operário”, há buscar sua própria qualificação e com isso ser promovido rapidamente, portanto é comum em menos de 10 anos um roustabout, conseguir chegar até driller por exemplo, nesta indústria o natural é ocorrer promoções a cada 2 anos no máximo, é muito comum o sujeito pular de guindasteiro à torrista por exemplo, ou um mecânico, passar à subsea (uma das carreiras mais almejadas).

Salários
O nivel salarial nos serviços de perfuração é bem elevado, o pessoal da perfuração, não necessita estudar tanto assim, claro que há exceções, pois algumas empresas possuem programas para engenheiros trainee, porem há uma tremenda dificuldade em reter estes profissionais, mesmo com o atrativo salario e acessão relâmpago na carreira, o trabalho é mais pesado e demanda uma dose de talento.
Atualmente há uma demanda para novas sondas jamais vista no Brasil e no mundo, pois não é somente aqui que temos exploração em larga escala, além do Brasil, no Mar da China, e Austrália, e agora Angola, tem despontado como locais em franca expansão para as empresas de perfuração.

Porem Brasil em breve deve ultrapassar o Golfo do México (EUA), em quantidade de sondas em operação, somente a Petrobras firmou contrato para 28 novas sondas de ultima geração à serem construídas no Brasil, porem nenhuma ainda começou a ser construída. As que estamos vendo chegar, de empresas nacionais, e estrangeiras, já eram unidades esperadas desde 2007, e estavam encomendadas nos estaleiros na Coreia do Sul, China, Singapura, Japão, e Abu Dabi.
Segundo dados somente a Petrobras pretende operar até 2017 um total de 63 unidades de perfuração, entre SS e NS. Não menciono aqui as sondas que já operam para OSX, e demais companhias internacionais como a Shell, Exxon, Devon, Statoil, ENI, e outras mais, que operam no Brasil. Hoje os preços com afretamento de sondas estão nas alturas.
o preço de afretamento das sondas de perfuração para áreas marítimas, importadas, disparou cerca de 300%.
Alugar uma sonda importada para perfurar poços em mar pode custar de US$ 300 mil ( SS ancoradas e Jack up) a US$ 1 milhão por dia (SS -DP ultra deepwater e NS Ultra deepwater).
É por isso que os salários estão em alta, e hoje em dia nas grandes empresas de perfuração, os salários tem acompanhado este aumento das taxas de afretamento, por isso muito “peão” de perfuração tem salários ao nível dos oficiais marítimos que estão as vezes na mesma unidade.

Algumas Empresas
Hoje temos uma variedade grande de empresas, tanto as internacionais quanto as nacionais, podemos destacar aqui algumas:
Internacionais:
Transocean Inc. – Maior empresa de perfuração do mundo.
Noble Corp. – No Brasil esta maior parte da frota dos navios sonda Noble, e atualmente a segunda maior do mundo (59 sondas) após aquisição da Frontier Drilling.
Diamond Offshore - No Brasil se chama Brasdril, terceira maior do mundo (48 unidades).
Pride – Em franca expansão no Brasil.
Sevan Drilling – Tem ganhado contratos aqui.
Seadrill/Seawell – Norueguesa, possui sondas novas de ultima geração no Brasil.
Navis Drilling – Vem chegando também com novas unidades.
Stena Drilling – Também opera no Brasil, eles possuem uma frota nova.
Saipem – Ocasionalmente ela opera no Brasil.

Nacionais:
Queiroz Galvão – Já opera com sondas próprias há um certo tempo, possui 6 unidades.
Petroserve – Esta nasce de uma parceria com uma empresa holandesa de perfuração, já é velha conhecida no Brasil.
Etesco – É uma das pioneiras na perfuração entre as nacionais, desde os anos 80 com a antiga UNAP.
Odebrecht Óleo e Gás – Esta voltando com todo o gás, com novas sondas.
Schahin- Já vem operando sondas próprias ha algum tempo, atualmente tem crescido bastante.
Delba Perfurações – Vem trazendo o SS Delba III (custou mais de 600 milhões de dólares) e mantem uma parceria com a OOG (Odebrecht).
Segundo a própria Petrobras, ela promete os contratos para as novas 28 sondas para empresas nacionais de perfuração, portanto logo podemos contar com grandes empresas de perfuração nacionais num futuro não tão distante.
Ainda temos os contratos internacionais, pois a carência por pessoal experiente em sondas é mundial.

4 comentários:

  1. Me apontaram esse site, mas concordo com o anonimo acima.. PÉSSIMO, não achei nada do que eu queria , pois me falaram que esse era um dos melhores sites.. me decepcionei péssimo.

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  2. gostei bastante, achei o que procurava.

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  3. muito bom o seu material de consulta e esta num otimo nivel técnico.obrigado.

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